Já há algum tempo eu queria degustar uma cerveja com este prato tipicamente curitibano, talvez primo irmão do Steak Tartare ou do Rackepete: a Carne de onça, servida em 101% dos bares curitibanos. Dos mais finos à mais baixa gastronomia essa iguaria encanta muitos e causa repulsa em outros, mais vamos assumir, é o prato da casa, típico de boteco e nada melhor que cerveja para acompanhar a Carne de onça.

 

Dizem os mais sábios que o nome vem do “bafo” que fica, oriundo da cebola, muitas vezes em excesso. Confesso que quando me mudei pra Curitiba achei meio estranho quando me chamaram pra comer isso. Pensei, cara, pra que matar onça, o bicho tá em extinção. Bom, me convenceram e lá fui eu, provar o bicho. Ledo engano parça!! Que bom! Fato é que hoje pra mim Carne de onça é “o” prato, gosto muito.

Sempre soube que as cervejas do tipo Stout tem um bom relacionamento com carne então escolhi essa. A breja escolhida foi a Oner Dry Stout, da Cruz de Malta, fabricada em Pinhais, que aliás, tem cervejas muito boas!

A cerveja me encantou em vários sentidos, tem uma espuma legal, um aroma sensacional de torrado/defumado que pra mim remeteu a café, bem encorpada e com álcool na medida.

A carne de onça com a Oner Dry Stout foi tipo casamento perfeito, tudo se encaixou como uma orquestra! O aroma torrado suaviza a carne e a cebola e elimina o retrogosto da cebolinha, a mostarda da carne deixa o amargor da cerveja mais suave, enfim, no final da degustação saímos com a sensação de que o prato e a breja foram feitos um pro outro.

A receita da carne de onça você confere no meu site, clicando aqui

Bom apetite!